Esse incessante querer
que na minha vida se encontra
é de tua presença, queridodelírio,
e por ele estou a me guiar
nesse mundo vadio.
Debruço-me em sonhos libertários, na saudade,
e neles percebo uma cidade mágica – é que fico a olhar a mapa do Rio de Janeiro e pensando onde você estaria –
em que eu e tu nos encontramos
(iremos habitar?).
Nessa cidade fecunda de afeto nos banhamos
numa luz que é das estrelas,
numa água que é mistura de saliva e suor
mas que ambos refletem a imagem
de um universo amoroso e liberto,
é ninho e não gaiola.
Tua gigantesca simpatia,
tua infinita política,
tua fascinante existência
na vadiagem de viver encontros, de celebrar as amizades – sem nenhum sulco
pro meu ninho, salvo o de vez em quando do suave carinho
entre copos e conversas de noites inesquecíveis – são algumas razões por que te gosto e por que me fazes ficar desnorteado e delirando sozinho na fronteira do amar...
Certamente não existe sofrer.
Certamente não sabes que corro contra o tempo pra te ver.
Certamente não tens...
É difícil explicar esse sentimento vibrante,
sem qualquer lágrima de amor,
sentimento de homens juntos,
que se comunicam sem gestos
e sem palavras se invadem,
se aproximam, se compreendem
e se calam sem orgulho.
Não é canto de caturrita e sim a voz de um sonhador
reclamando a graça do presente recebido
e da vontade de nossos traços se aproximar.
2 comentários:
Que lugar lindo é esse aqui!
Lindo...
Postar um comentário