sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Cidades Submersas

Essas vagas formas de amar
vítimas de cidades submersas
não há um único que tenha sobrevivido ao declínio
fim do tempo
fio do vento
quase como um tropeço de canção
tristeza
sinceramente te chorei
de onde eles vêm
pra onde eles vão
tem casa tem pão
tem sorriso na mão
cueca melada como macarrão
macaquinho no cipó
de tanta desilusão

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

...




Acho que ele foi visto pulando um ramalhete da planta trepadeira
que nasceu no quintal do rio quimérico próximo ao aeródromo Júpiter,
o conjunto de todos os homens, em direção aos bolos muito fofos
de farinha e ovos, fritos em azeite e passados em calda de açúcar
que se esconderam no além mar, cartas de um oceano pacífico!



MENINO EXPERIMENTAL
VISTO POR OLHOS FAMINTOS


gRAnDe GEnARo

amo-te


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

MémÓRíÁs ÉsCóNDÍdáS

. no inicio da tarde, solenemente apresado, perdi um dos seus beijos gelados. e sorvete e mais frio e mais calda. cobertura de flor. Pau e Pico. semente alada. a cada passo firme meus pés marchavam para trás. era canto. era asa. cisne branco. maldito... era assim que eles pensavam. maldita coação do coração. olho pra trás: ainda posso ver o ar de espanto do rapaz. capacidade de reter. será que vou precisar? menino moço, o amor veio como uma onda que não quero controlar. o ônibus esta demorando. o direto-de-ser... será que vou suportar? tanta doçura e mais um bocado de sonhos e tulipas e vermelhas e verdes e tanto amor amarelo. no meu susto os pés corriam., já não sei comandar. corria com a loucura do pólen cheirado. não encontre perguntas,. não entre resposta: sou aquele que tem a sua própria vida e também a minha e querendo a nossa. estou embriagado de nossa própria sorte. encontro. isso responde? é rosa, é sapo, é girassol amarelo, do meu coração, a girar, o cata-vento. talvez ele suma, e eu nunca mais o veja. talvez eu suma e nunca mais me vejam.