sexta-feira, 25 de dezembro de 2009


Eu só queria esquecer e ter lugares legais pra ir.

Apontei o lápis: viajar foi a melhor saída.

O impasse brutal do corpo que precisa de atenção.

Não faz mal.

Não interessa saber quem eu sou.

Só preciso do que gosto.

Ando pensando na vida.

Uma seriedade de aprender alguma coisa de olhos fechados.

Ou talvez só quis fugir.

Uma tentativa de pensar por mim mesmo, ser livre.

Tudo que eu quis foi um esconderijo onde você pudesse aparecer e passar uma noite.

Quantas manhãs? Quantas semanas?

Só olhar para traz.

É o futuro debruçado na minha janela.

O que tenho é urgente.

O amor não pode ser desonesto..

Por isso fujo,

mesmo sem saber,

sem contar estorias.

Só vou brotar em outros carnavais.

E lembranças...

só do futuro.

O que penso da vida?!?!

O que sinto por aquele que amo?!?!

Sinceridade, constância, fruto, flor.

Cuidado, não feche os olhos.

Não nestes carnavais, não no mosca.

É desonesto, não brota o brilho do que é verdadeiro.

Não entendo minha fuga, mas eu sei porque fugi.

Ainda lembro.


Você sabe?

És capaz de responder?

Acredita em um gesto de ajuda?

Tem compaixão?

E o gosto do vivo?

Liberdade?

Na frente ou atrás?

Por que fazer do amor uma coisa e sobretudo desonesto?

Sabes contar estórias com o olhar?

Lembranças?

.




Salvem o princípio do fim!




.

Flores,existecaminho?épossívelfugir?

éprovavelsaberouficaremossempreassimsemsaber?

Não estou perdido.

É só um adeus.

E o que ficou guardarei como lembrança.

A saudade será mais bonita...

Quebrado em vastos pedaços.

Mas sempre mais formoso!



Pensando em você,

querendo sempre te ver,

necessitando sempre de um homem,

prometendo cuidar das flores pequeninas,

adorando teu nome,

respeitando as fotografias,

imaginando o teu dia,

difamando o esquecimento,

cortejando sua família,

chegando sozinho em casa,

entendendo o teu sorriso,

fazendo reuniões com os monstrinhos,

lendo o seu mundo,

terminado nosso futuro.



Quase acreditei.

Relva, quase acreditei.

Mas só que o descaso, o que foi, o que existiu, condenou.

A verdade é um espectro.

Ninguém se fez dono.

Só a estupidez!

Já não existe sentido.

É o lançar do eucorpo livre no espaço, não rendido.

É um querer corporio que a razão já perdoou e nada vai cobrar no dia seguinte.

Até tetaremos viver...

É apenas o começo de um novo mundo, o primeiro de todos.

Por que eu consegui transformar o mundo, sim!

Passou, tudo passa e passará.

Estorias terão finais felizes.

Dias serão bonitos pra contar histórias.

Cuidado!

Podes querer demais.

Um descontrole que só cresce.

Faz disso sua vida?

Puxa teu canivete.

Espeta na mesa sagrada.

Tem gosto de sal, gira-sol e papagaio..

Para que serve a cópia do que fiz?

Sais, flores e animais que me fazem tão mal.

Cuide-me, por favor.

O que fiz de minha vida!